O mercado financeiro deve ser pensando como um grande shopping center, um lugar com diversas lojas, de diferentes segmentos e produtos variados. Isso significa que a compra e venda do que se resume como “produtos financeiros” abrange um oceano de possibilidades e uma vastidão de negócios que antes eram restritos a nomes pomposos, como, por exemplo, mercado de capitais e de câmbio. A verdade é que o sistema financeiro até pode ser dividido por mercados, mas a gama de opções é mais complexa do que resumir em ofertas intermediadas por bancos tradicionais.

O termo “fintech” vem ganhando espaço justamente por isso: soluções e inovações são necessárias no sistema financeiro e acaba ganhando espaço e se valorizando em espaços distantes dos olhos de segmentos mais conhecidos, como as contas correntes digitais.

Fintech é, por natureza, fazer tecnologia financeira. E fica cada vez mais evidente a virada de consciência que as startups deram no setor, trazendo abertura para explorar novas tecnologias que podem inovar antigos processos ou atender, com soluções inovadoras, demandas sentidas como necessárias pelo mercado.

Alguns exemplos de segmentos que fazem parte do jogo relacionado a soluções para o mundo financeiro: Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP), Sociedade de Crédito Direto (SCD), gestoras de investimentos (asset), securitizadora, factoring, Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), split de pagamentos, conta caução (escrow account), Distribuidora de Valores e Títulos Mobiliários (DTVM), plataformas de crowdfunding, sandbox regulatório, PIX, Open Banking, Open Finance e Open Insurance, dentre outros.

A verdade é que o mercado financeiro se tornou território fértil para inovações, por refletir a dinâmica do próprio mercado e dos produtos em uma era de criptomoedas, NFTs e metaverso, somente para exemplificar. Com isso, o sistema financeiro está aberto para os empreendedores que queriam participar dele, mesmo sem muitos recursos financeiros.

Cabe frisar que as fintechs são parte desse ecossistema que oferta soluções financeiras, uma vez que a democratização de serviços em razão da evolução tecnológica colocou até mesmo os players de ponta na jogada, como se nota com a rápida transformação das empresas de marketplace, varejo e indústria. Na prática, os executivos já começaram a implantar processos financeiros onde antes eram ignorados, como parte do próprio negócio – e aqui é preciso diferenciar soluções como algo incorporado ao negócio de soluções entregues por terceiro. Em outras palavras, soluções financeiras são vistas como parte do DNA dos negócios.